O assunto das gorjetas sempre foi alvo de muitas dúvidas e até motivo de algumas discussões. É daquelas dúvidas de sempre, mas que não tem de continuar a ser uma dúvida para sempre. Em Portugal sempre houve e continua a haver uma cultura da gorjeta.
Por isso, anote as 7 perguntas e respostas que se seguem:
1 – Em que ocasiões e circunstâncias se deve dar gorjeta?
Genericamente, em tantas e quantas as ocasiões e circunstâncias os clientes considerarem que devem atribuir um agradecimento monetário a quem as atendeu e serviu. No entanto, dá-se gorjeta apenas quando de facto fomos muito bem atendidos, talvez, até, acima daquilo que estávamos à espera. Nas situações em que as nossas expectativas são superadas.
2 – Todas as situações implicam uma gorjeta?
Nem todas. Depende apenas – e tão só – da boa-vontade do cliente. E isto é facilmente explicável porque qualquer um de nós, enquanto cliente, o que pagamos por algo pressupõe, por defeito, que tenhamos que ser obviamente bem servidos. E neste aspeto não há, nem podem haver, quaisquer dúvidas. Quer estejamos a falar de um café, um pequeno-almoço/lanche numa pastelaria, um drink num bar, ou até mesmo de uma refeição num restaurante com estrela Michelin.
3 – Que valor é considerado insultuoso?
Valor algum devia ser tão pouco considerado insultuoso. Cada cliente dá o que pode e quer quando assim o entende fazer. Por exemplo, um cliente que pague €50 e outro que pague €500, embora que os serviços sejam distintos, ambos merecem ser bem atendidos, tratados e servidos. Um cliente mais humilde pode ter dificuldade financeira para dar uma gorjeta generosa e arredondar a conta em apenas 5 cêntimos ou pouco mais que alguns euros. Por uma questão de etiqueta e boas maneiras o empregado(a) de mesa deve sempre, em toda e qualquer circunstância e ocasião, agradecer todas as gorjetas que os clientes lhe dão.
4 – Que valor é considerado muito generoso?
Qualquer valor que seja o dobro daquilo que o cliente pagou é já considerado um valor muito generoso, até mesmo metade daquilo que pagou já o é!
5 – Como é que se atribui um valor razoável de gorjeta?
Depende de cada cultura e respetivo país. Centrando-nos em Portugal, não existe uma fórmula convencionada. Basicamente, é ‘à vontade do freguês’. Mas sim, tem, antes de mais, a ver com a consideração individual de cada um de nós. Cada um dá o que entende e a mais não é ‘obrigado’.
6 – É preferível dar-se gorjeta em dinheiro físico ou acrescentar à conta?
Ora bem, depende se porventura temos ou não dinheiro físico connosco, sendo mais tradicional dar gorjeta pessoalmente. Por outro lado, cada vez mais se usa acrescentar a gorjeta à conta, pois é já mais moderno, bastante prático e útil fazer-se.
7 – Faz sentido dar-se gorjeta em serviços como a UberEats ou outros?
Sim, porque não? É um novo serviço, como qualquer outro. Eu já tenho dado com muito gosto. São pessoas que exercem a sua profissão com o devido brio, como todas as outras. Não deixa nunca de ser meritório esta tipologia de serviços prestados que tão necessários se tornaram. Para nós, é um serviço que nos facilita e muito a vida no dia-a-dia ou ocasionalmente.