A Food and Drug Administration (FDA) aprovou, esta segunda-feira, um novo medicamento para a doença de Alzheimer. É a primeira vez desde 2003 que a autoridade do medicamento norte-americana dá “luz verde” a um fármaco para a doença que afeta cerca de seis milhões de pessoas no país.
Segundo a FDA, o Aduhelm, desenvolvido pela farmacêutica Biogen em parceria com a japonesa Eisai Co., é o "primeiro tratamento dirigido à fisiopatologia subjacente da doença de Alzheimer, a presença de placas beta-amiloides no cérebro", e foi aprovado com recurso à via de Aprovação Acelerada, um mecanismo que permite ao regulador aprovar "um fármaco para uma doença grave ou potencialmente fatal" que pode proporcionar um "benefício clínico apesar de alguma incerteza residual em relação a esse benefício".
"A agência concluiu que os benefícios do Aduhelm para os pacientes com doença de Alzheimer superam os riscos da terapia", afirmou o regulador.
No entanto, a aprovação do fármaco está envolta em polémica. De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), a decisão deverá gerar conflitos entre médicos e investigadores por ter sido tomada contra as recomendações de um painel de peritos independentes que considera insuficientes as provas dos benefícios do medicamento.