Junho é forte em comemorações, festas e emoções. Traz-nos sol e calor. Alegria e diversão. Mas também nos alerta para outros assuntos mais sérios e urgentes.
O mês começa bem, pondo em destaque os mais novos logo no primeiro dia. A 1 de junho celebra-se o dia Internacional da Criança que não deve ser confundido com o Dia Mundial da Criança que se celebra a 20 de novembro, correspondendo com a data em que foram aprovadas a Declaração Universal dos Direitos da Criança e a Convenção sobre os Direitos da Criança.
A 5 de junho comemora-se o Dia Mundial do Ambiente e é uma boa desculpa para chamar a atenção para os problemas ambientais. Consciencializar não chega, é preciso agir. E rapidamente. Nunca a Terra foi tão sacrificado como nas últimas décadas e as ambições do Acordo de Paris estão longe de ser cumpridas. Falta vontade!
No dia seguinte, assinala-se um acontecimento histórico: o desembarque dos Aliados na Normandia, em 1944. E dois dias depois, a 8 de junho, são os oceanos que estão em destaque. O planeta azul tem que cuidar bem do seu elemento mais abundante: a água.
O Dia de Portugal é celebrado a 10 de Junho, data da morte de Luís de Camões. Talvez este ano seja festejado com pompa e circunstância, como uma Nação de 879 anos merece. Três dias mais tarde, chega o místico 13 e com ele as festas de Santo António, o nosso santo casamenteiro adotado e adorado pelos italianos. A igreja e o museu homónimos são dignos de uma visita!
20 de junho é uma data muito especial para mim porque neste dia nasceu uma das pessoas mais importantes da minha vida: a minha mãe. Fará 67 anos e é um exemplo de resiliência e superação. Acima de tudo, é o Dia Mundial dos Refugiados. O número de pessoas que são obrigadas a abandonar o seu país não para de aumentar. As guerras, os sistemas políticos totalitários, a fome, os desastres ecológicos são as principais razões que levam milhares de seres humanos a deslocarem-se diariamente.
21 de junho é o primeiro dia de verão (que se espera quente e soalheiro) e o dia mais longo no hemisfério norte. Para celebrar o solstício, alguns países celebram a Festa da Música. Em França, este acontecimento é celebrado a preceito e é quase tão importante como os santos populares em Portugal. Ouvem-se os mais diferentes estilos musicais nas ruas, nos parques, nas estações de Metro, nas estações de comboio. E a festa prolonga-se pela noite dentro!
Festa é também a que se vive cada ano no Porto para celebrar o São João. O padroeiro de Turim, Génova e Florença não conhece fronteiras e na noite de 23 para 24 de junho a cidade invicta não dorme por causa do infernal barulho dos martelinhos. Tive a sorte de ter vivido esta experiência duas vezes e não consigo afirmar se me diverti mais no Santo António em Lisboa ou no São João no Porto. Ambas as cidades demonstram fervorosamente o amor aos ‘seus’ Santos.
Mudamos de registo. Agora o assunto é sério! A 26 de junho assinala-se o Dia Internacional do Apoio às Vítimas de Tortura e o Dia Contra o Abuso e Tráfico de Drogas. Infelizmente, no século XXI, ainda somos obrigados a relembrar todos os que sofrem (ou sofreram) apenas por exercerem a sua liberdade de expressão. Por outro lado, o narcotráfico continua a ser um negócio rentável e a droga destrói os que a consomem, mas também os que pertencem ao seu círculo familiar e de amigos.
Obviamente, há mais dias para celebrar ou pensar nos mais que mais sofrem. Escolhi apenas alguns. Cabe ao leitor aumentar a lista como entender.