A ministra da Saúde, Marta Temido, revelou, esta segunda-feira, que optou por tomar as duas doses da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca, apesar de, atualmente, o fármaco ser recomendado em Portugal para maiores de 60 anos.
Em declarações aos jornalistas, após a visita à Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Batalha, Marta Temido recordou que tinha tomado a primeira dose da vacina da AstraZeneca antes da atualização das recomendações e que optou por tomar a segunda dose do mesmo fármaco, sublinhando que as orientações são de que as três marcas administradas em Portugal são seguras e que a toma das duas doses da vacina em questão sempre foi uma das três soluções recomendadas pela Agência Europeia do Medicamento e pela Comissão Técnica de Vacinação da DGS, mediante o consentimento informado das pessoas a ser vacinadas.
“São vacinas que estão todas com iguais condições de confiança junto dos nossos cidadãos”, disse.
Questionada sobre a possibilidade de vacinar crianças e jovens a partir dos 12 anos, a governante respondeu apenas que aos poucos se está a “avançar para faixas etárias mais novas” e que “temos um caminho para continuar a fazer”.
A ministra recordou que este fim de semana foi aberto o autoagendamento para pessoas com mais de 45 anos e que durante o mês de junho se vão continuar a vacinar pessoas mais novas. “É uma questão de tempo”, atirou, sem fazer referência a qualquer idade em específico.
Marta Temido adiantou ainda que já foram administradas seis milhões de doses de vacinas, das quais 3,8 milhões são primeiras doses, e que 22% da população já tem a vacinação completa.
A ministra anunciou também que o certificado digital de vacinação poderá começar a ser usado ainda durante o mês de junho, uma vez que ainda esta semana, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde vão concluir os testes relacionados com o certificado.
“Contamos ter os testes concluídos esta semana e estar em condições de começar a fazer alguns avanços já na segunda quinzena do mês de junho — independentemente daquilo que seja a entrada em vigor no dia 1 de julho”, disse, referindo-se ao facto de o documento entrar em vigor em todos os países europeus a partir de 1 de julho.
Em Portugal, é necessário resolver as regras do certificado e a sua implementação, segundo a ministra.
“Temos estado a trabalhar e há dois temas importantes: O das regras por detrás do certificado e a implementação do sistema”, adiantou, apelando às para que cumpram as regras e aumentem a testagem.