A associação ambientalista Zero distinguiu este ano 53 praias Zero Poluição em 30 concelhos de Portugal, um número que representa 8% do total das 643 zonas balneares que vão estar em funcionamento nesta época. A distinção foi divulgada ontem, altura, em que foi anunciado a abertura de mais 191 zonas balneares a decorrer entre 10 e 12 de junho. Alcobaça, Porto Santo e Tavira com quatro praias e Faro, Peniche, Sesimbra e Vila do Bispo com três, são os concelhos líderes.
De acordo com a associação uma praia Zero Poluição “é aquela em que não foi detetada qualquer contaminação microbiológica nas análises efetuadas às águas balneares ao longo das três últimas épocas balneares”. De 2020 para 2021 verifica-se uma redução de 22 pontos percentuais, já que no ano anterior houve mais 15 praias classificadas, ou seja, um total de 68. “Todas as praias classificadas o ano passado como praias Zero poluição estão classificadas, ao abrigo da legislação, como praias com qualidade da água “excelente”, esclarece a associação. Na maioria das vezes, à custa de uma única análise onde foi detetada a presença de microrganismos, mesmo que muito longe do valor-limite, deixaram de poder ser consideradas praias ZERO poluição”, acrescenta. Tal como foi o caso de concelhos, como o de Torres Vedras e Angra do Heroísmo que tiveram assim um número significativo de praias retiradas da lista (nove e cinco praias, respetivamente). Relativamente ao balanço realizado, “saíram da lista do ano passado 29 praias e entraram 14 novas”.
De acordo com a Zero, “é extremamente difícil conseguir um registo incólume ao longo de três anos nas zonas balneares interiores, muito mais suscetíveis à poluição microbiológica”. Pelo segundo ano consecutivo, volta a não haver praias interiores na lista, “ao contrário do período de 2016, ano em que a associação iniciou esta avaliação, a 2019“. No comunicado, a associação adianta que 52 das 53 praias são consideradas ‘costeiras’, alertando que que tal facto “é um indicador do muito que ainda há a fazer para garantir uma boa qualidade da água dos rios e ribeiras em Portugal, o que requer esforços adicionais ao nível do saneamento urbano e das empresas”.