Darnella Frazier, jovem de 17 anos que filmou com o telemóvel a ação policial que resultou na morte de George Floyd, em Minneapolis, recebeu, esta sexta-feira, uma menção honrosa do Prémio Pultizer, os mais importantes prémios de jornalismo dos Estados Unidos.
A jovem foi homenageada na cerimónia e premiada por “gravar corajosamente o assassinato de George Floyd, num vídeo que desencadeou protestos contra a violência policial em todo o mundo e que destacou o papel fundamental dos cidadãos na procura dos jornalistas por verdade e justiça", segundo o comité do Prémio Pulitzer.
Recorde-se que as imagens gravadas por Darnella Frazier foram divulgadas pela imprensa em todo o mundo e tornaram-se uma parte importante da acusação contra Derek Chauvin, ex-polícia considerado culpado da morte do afro-americano. A sentença será conhecida a 16 de junho.
A jovem testemunhou no caso e, em maio deste ano, numa publicação partilhada nas redes sociais, quando se assinalou um ano da morte de Floyd, escreveu que apesar de ter sido “uma experiência traumática”, que mudou a sua vida, estava “orgulhosa” de si própria. “Se não fosse pelo meu vídeo, o mundo não teria conhecido a verdade. Eu reconheço isso. O meu vídeo não salvou George Floyd, mas tirou o seu assassino das ruas, escreveu.
A cobertura da morte de Floyd e a sua repercussão rendeu também um prémio Pulitzer ao jornal Minneapolis Star Tribune, na categoria de notícias de Última Hora.