Marcelo afastou, este sábado, a possibilidade de o país retroceder no processo de desconfinamento a nível nacional, apesar da subida de novos casos de covid-19.
Em declarações aos jornalistas em Lisboa, no final de uma missa ecuménica, o Presidente da República justificou a sua posição com o facto de os serviços de saúde estarem longe de uma pressão grave.
Marcelo alegou que a média de mortos “é baixíssima, a média de doentes em cuidados intensivos é muito baixa e a média de internamentos é também perfeitamente aceitável”, depois de ser questionado sobre um possível regresso a uma situação de confinamento a nível nacional devido ao aumento de casos.
Para o chefe de Estado, os números elevados de novos casos eram esperados, e é preciso esperar que o Rt desça “consistentemente”, “produzindo então efeitos dentro de duas a três semanas”.
“A vacinação está a subir. Com os que estão a ser vacinados acima dos 40, passando para os que os estão acima de 30, significa que em julho estaremos com mais cerca de um milhão de vacinados”, sublinhou, referindo que já foram administradas 6,5 milhões de vacinas.
“Se somarmos os infetados, boa parte deles imunizados, então teremos daqui a um mês um número muito significativo para 10 milhões de habitantes. Portanto, são agora uma ou duas semanas de números elevados, mas sem pressão grave no Serviço Nacional de Saúde, nem uma hipótese de recuo em termos de confinamentos e restrições generalizados”, disse.
Questionado sobre a transmissão comunitária da variante do novo coronavírus associada à Índia, Marcelo relativizou a situação. “Tem havido variantes várias, vão aparecendo e desaparecendo”, afirmou.
“Até agora não ficou provado que as vacinas não abranjam essas variantes”, rematou.