O presidente da Associação Portuguesa de Museologia (APOM), João Neto, apelou na passada quinta-feira à ação do Ministério das Finanças para dar resposta aos «gravíssimos problemas» nos museus nacionais de todo o país. Em causa está a «falta de recursos humanos e necessidade de obras urgentes» nos edifícios.
O presidente da APOM reuniu na passada quarta-feira com a secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, Ângela Ferreira, no quadro do contributo das associações representativas do setor para o relatório elaborado pelo Grupo de Museus do Futuro, e a «criação de uma estratégia para o setor nos próximos dez anos».
«A elaboração do relatório e de uma estratégia para a próxima década, e também o diálogo mantido entre a tutela e os representantes do setor, foi positiva e importante», afirmou à Lusa, sublinhando que a iniciativa «passa por uma decisão política», sendo necessária «uma consciencialização do Ministério da Finanças» para os problemas e, acima de tudo, «uma compreensão que o património móvel e imóvel do país está em perigo».
Um dos museus que se viram obrigados a proceder ao encerramento de áreas da exposição permanente, por carência de vigilantes foi o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa. As coleções de mobiliário, ourivesaria, cerâmica e artes não europeias deixaram de poder ser visitadas.