'Que atire a primeira pedra' quem nunca teve uma peripécia hilariante numa festa de aniversário. A percentagem pode ser pequena e o ator Ângelo Rodrigues é um dos que já não pertence a este grupo.
O ator foi convidado para um episódio do podcast 'Dia Mau' do humorista Joel Ricardo Santos e contou uma história que o deixou tão envergonhado na altura que pediu para que não fosse partilhada com ninguém.
“Eu estava a fazer uma novela, que era o meu primeiro papel de protagonista. Chamava-se ‘Rosa Fogo’ [SIC] e o elenco principal era também a Cláudia Vieira, o José Fidalgo e o Rogério Samora”, começou por explicar Ângelo Rodrigues, ao contar que Rogério fazia 52 anos na altura e que convidou o elenco e a restante equipa para a sua festa de aniversário, num restaurante em Alcântara.
A festa foi num sábado à noite, para que não atrapalhasse as gravações, que eram realizadas durante a semana, indicou Ângelo.
“Chegou a sábado à noite, toda a gente aperaltada, entrámos no restaurante e aquilo tinha mesas redondas espalhadas ao longo de 300 metros quadrados, tinha um DJ contratado, uma banda contratada, era uma coisa em grande”, descreveu o ator.
“Eu começo a beber um copinho de vinho branco, bebo mais um… e começo a ficar um pouco inebriado. Entretanto, acaba o jantar, música alta, DJ com os decibéis acima da média… Lembro-me de me levantar da mesa e ir para a pista de dança, meio torto”, relatou o ator, ao mencionar que, nesse momento, se deslocou para a casa de banho.
“Aí, percebo, de facto, que não estava em condições, porque já estava a ver as coisas à roda. Dirijo-me ao compartimento individual para fazer as minhas necessidades, sento-me no trono e estava mesmo a ver tudo à roda… praticamente nem me conseguia mexer. Parecia um vegetal”, sublinhou.
O último momento que o ator se lembra é de ter fechado os olhos e quando os abriu, “estava tudo às escuras”, tentando acender a luz.
“Então viro um maestro da orquestra sinfónica de Moscovo [começa a gesticular]. Nada, tudo às escuras. Tento levantar-me… Cenário: eu estou com as calças no fundo das pernas e os boxers também, estou seminu, e apalpar as paredes para tentar abrir a porta e não conseguia, porque estava de tal forma inebriado que não conseguia perceber o que é que estava a acontecer”, contou Ângelo Rodrigues, dizendo que ficou “desesperado”.
Sem ouvir um piu, o ator disse que começou a ouvir uns passos no interior da casa de banho, pensando que alguém o iria salvar e abri-lhe a porta.
“Fiquei à escuta, para ver quem era… e, de repente, ouço alguém a bater na porta. Perguntam se estava alguém lá dentro, eu digo que sim… e digo ‘pode abrir a porta, por favor? Eu quero voltar para a festa’. Do outro lado: ‘Qual festa?’ E eu digo ‘a festa do Rogério Samora’. E do outro lado, respondem: ‘Eu sou a senhora da limpeza, não sei de que festa está a falar. São nove da manhã’”, confessou entre risos.
Interrogado pelo humorista se, durante a noite, alguém tinha notado pela sua falta, o ator respondeu: “Provavelmente. Podem ter mandado uma ou outra mensagem, mas pensaram que eu me tinha ido embora. Nunca imaginaram na vida que eu tinha ido à casa de banho e que tinha adormecido lá”.
À data, Ângelo namorava com a apresentadora Iva Domingues e, para o ator, foi complicado explicar à namorada que só tinha chegado a casa àquela hora porque tinha adormecido na casa de banho.
“Foi uma história que me causou muita vergonha durante algum tempo, tanto que só o Rogério Samora é que soube na altura e eu pedi ‘por favor, Rogério, é o meu primeiro papel de protagonista. Não espalhes esta história senão isto vai acabar comigo”, admitiu.