O Ministério da Saúde indiano alertou, esta terça-feira, para a variante do vírus SARS-CoV-2 ‘Delta Plus’ – que já foi detetada em Portugal e que é uma mutação da variante Delta – referindo que esta “é mais forte e transmissível”.
Até ao momento, já foram detetados 22 casos em três estados indianos. No entanto, a grande maioria (16) está concentrada em Maharashtra.
Segundo um comunicado do governo indiano, citado pelo jornal Hindustan Times, a nova variante tem como características o “aumento de transmissibilidade” e “possível redução de resposta dos anticorpos”.
Os chefes de estado “foram aconselhados a tomar medidas de confinamento imediato, de forma a evitar aglomerações” e a “promover uma testagem massiva”, além de “acelerar o processo de vacinação”.
De realçar que a variante Delta já foi detetada em mais de 90 países. Por cá, dados do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) indicam que 60% dos novos casos de covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo estão associados a esta estirpe, que teve origem na Índia. O INSA adiantou ainda no domingo que os dados genéticos agora obtidos sugerem que “apenas 2,5% dos casos associados à variante Delta apresentam, ainda, a mutação K417N”, designada de Delta Plus e que no início do mês foi uma das justificações usadas por Inglaterra para retirar Portugal da lista verde de viagens turísticas. Quando Inglaterra anunciou a decisão, as bases internacionais que recolhem dados de sequenciação mostravam que tinham sido sequenciadas até à data 90 casos da Delta Plus em todo o mundo, 36 em Inglaterra e 12 em Portugal.