Fonte oficial do gabinete da ministra da Cultura revelou ontem à agência Lusa que o diretor-geral do Património Cultural, Bernardo Alabaça, que tomou posse em fevereiro do ano passado, foi ontem afastado do cargo. Graça Fonseca considera que a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) está «inoperacional» e por isso a exoneração do cargo vai ter «efeitos imediatos».
Bernardo Alabaça será substituído interinamente pelo arquiteto João Carlos Santos, autor do projeto de conclusão do Palácio da Ajuda, até agora sub-diretor da DGPC, que assumirá as funções «até terminar o concurso da CRESAP [Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública], que se encontra a decorrer».
O gestor Bernardo Alabaça tinha sido uma escolha da própria ministra da Cultura, que agora «considera pertinente e necessária a sua imediata substituição».
O ex-diretor-geral de Infraestruturas do Ministério da Defesa Nacional e ex-subdiretor-geral do Tesouro e Finanças do Ministério das Finanças, com um currículo de 20 anos de experiência de gestão, maioritariamente de património público, foi anunciado oficialmente pelo Ministério da Cultura a 13 de fevereiro de 2020 como novo diretor-geral do Património Cultural, substituindo no cargo a arquiteta Paula Araújo da Silva. Na altura o seu nome foi vigorosamente contestado por personalidades do setor, como João Neto, presidente da Associação Portuguesa de Museus.