As mulheres solteiras e casais de lésbicas vão poder recorrer à procriação medicamente assistida em França.
Depois de uma longa discussão parlamentar e sucessivas revisões na Assembleia Nacional e no Senado, o país aprovou, esta terça-feira, uma lei da bioética, que inclui a abertura da procriação medicamente assistida a mulheres que queiram ter filhos sozinhas ou com uma companheira.
“É um dia bonito para o nosso país”, disse Christophe Castaner, líder da maioria parlamentar República em Marcha (LREM), sublinhando que este é “um dia histórico”.
Recorde-se que a discussão sobre o tema começou em 2012, quando o Governo de François Hollande deu início ao processo de legalização do casamento homossexual, que avançou.
Em 2017, o Presidente francês, Emmanuel Mácron, já se tinha mostrado favorável à medida, cuja discussão foi afastada para mais tarde. Contudo, a maioria de Mácron acabou por recuperar o tema.
As primeiras inseminações devem acontecer até ao final do ano. Até então, as mulheres solteiras ou os casais de lésbicas recorriam a países como a Bélgica, Espanha ou Portugal.