Alemanha decidiu retirar Portugal, Reino Unido e Índia da lista vermelha de viagens, perdendo a obrigação de cumprir quarentena de 14 dias à chegada ao país. A decisão foi motivada pela alta prevalência que a variante Delta está a ganhar no território alemão, anunciaram as autoridades daquele país.
Portugal encontrava-se na lista alemã de "áreas de variantes do vírus". Mas, segundo o Instituto Robert Koch, a partir de quarta-feira, Portugal passará a pertencer à lista de alta incidência de risco, tal como o Reino Unido, Rússia, Índia e Nepal.
Ao estar nesta lista, todos os viajantes que saírem da Alemanha e apresentarem o certificado de vacinação ou recuperação à covid-19, não precisarão de fazer quarentena à chegada a solo alemão, algo que não era possível fazer enquanto Portugal estava na lista vermelha, tendo de cumprir quarentena de 14 dias no regresso a casa.
Caso não apresentar nenhuma das duas provas, o passageiro terá de ficar confinado durante dez dias. Porém, será possível encurtar este período para cinco dias se tiver outro teste negativo à covid-19.
Note-se que, na semana passada, Berlim admitiu que iria reavaliar esta posição de interdição devido à disseminação da variante Delta dentro do próprio país. O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, apontou, em conferência de imprensa, que, para o mês de julho, as projeções preveem que a variante Delta poderá ter um incidência entre 70% a 80% na Alemanha, igual àquela que se encontra em Portugal e no Reino Unido.
Portugal estava na lista vermelha de viagens desde 25 de junho. O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, criticou a decisão do executivo alemão, visto que o certificado digital de covid-19 entrou em vigor a dia 01 de julho na União Europeia, uma semana depois da decisão germânica.
"A lógica do certificado Covid-19 é podermos tomar medidas restritivas para controlar a pandemia e deixarmos circular as pessoas que estiverem vacinadas ou imunizadas", frisou Augusto Santos Silva à agência Lusa.