A suspensão de Pinto da Costa

Em causa estão as críticas à arbitragem do Braga-FC Porto, em fevereiro.

Jorge Pinto da Costa, presidente do FC Porto, foi suspenso 21 dias e multado em 612 euros na sequência de declarações proferidas após o jogo da 1.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal com o Sp. Braga. É de lembrar que o dirigente criticou a equipa de arbitragem e o VAR de um jogo que culminou num empate a um golo. Nesta partida, os jogadores Uribe e Luis Díaz, cujo vermelho foi muito contestado pelos portistas, foram expulsos.

De acordo com o acórdão, datado de 25 de junho e publicado a 2 de julho, o Conselho de Disciplina, através da Secção Não Profissional, considerou que o dirigente adotou um “tom notoriamente intimidatório e ameaçador” e que as expressões utilizadas ultrapassavam a “mera crítica à arbitragem”. “Encerram não só um juízo depreciativo e difamatório que viola a dignidade e a honra profissionais dos agentes visados, mas também a seriedade, a ética, a ética, a credibilidade da própria competição desportiva e de um órgão social da FPF, o Conselho de Arbitragem”, lê-se nas alegações da acusação.

A atitude anteriormente mencionada verificou-se num jogo contra o Sporting de Braga, que decorreu no passado dia 10 de fevereiro. Após o apito final, Pinto da Costa disse, referindo-se à arbitragem de Luís Godinho: “Não é desta forma, como se tem vindo a acumular nestes últimos jogos em relação às arbitragens com o FC Porto, que nos vão vergar. São muitos falhanços, demasiados falhanços, para estarmos sempre a levar com este 4.º árbitro – com este VAR, perdão. O que se passou hoje vocês analisem! Analisem bem as jogadas que houve durante todo o encontro para ver a dualidade de critérios que houve! (…) Agora deixo aqui um aviso: basta! Serenidade total! Apelo à serenidade de todos, mas quero aqui dizer que basta e ninguém nos vai vergar!”, declarou à época.