O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que, a partir de agora, só o vinho espumante russo, ou champánskoe, poderá ter o rótulo de champanhe na Rússia, ficando os champanhes franceses obrigados a utilizar o termo espumante.
A decisão enfureceu a indústria francesa, que insiste que defende com unhas e dentes a ideia de que o único champanhe real vem da região de Champanhe, uma marca protegida em mais de 120 países. Contudo, terão de jogar pelas novas regras, se quiserem desfrutar do mercado russo, tendo empresas como a Möet Hennessy, dona de marcas como a Möet Chandon ou a Dom Perignon, acatado resignadamente. Mas parte da indústria parece pronta para enfrentar o Kremlin – o Comité Champagne, que gere a denominação, já pediu aos produtores que paralisem o envio de champanhe para a Rússia.
A manobra de Putin visa dar destaque no mercado interno ao champánskoe, criado nos anos 1920, após o fim do proibicionismo do álcool defendido inicialmente pelos soviéticos. Depois disso, a ideia era democratizar o luxo, daí o surgimento deste vinho espumante muito acessível.