O leilão 5G decorre em Portugal “há demasiado tempo”. A opinião é do ministro das Infraestruturas que não tem dúvidas: “Preferíamos mil vezes que o leilão terminasse já do que ter uma receita maior”, defendeu Pedro Nuno Santos.
O ministro lembrou ainda que “Portugal e a Lituânia são os únicos países da União Europeia” que ainda não têm implementada a tecnologia 5G.
“O processo não está descontrolado, é um leilão que está a decorrer, está a decorrer há demasiado tempo, tem como consequência o aumento das receitas do mesmo, mas verdadeiramente o que nós queríamos era que ele terminasse para se começar a fazer os investimentos necessários para que o 5G seja uma realidade em Portugal”, avançou o governante.
Pedro Nuno Santos defendeu ainda, no Parlamento, a importância de implementar o 5G. “Acho que se nós estamos todos interessados, e as operadoras também, em rapidamente podermos implementar o 5G em Portugal era importante que nós todos pudessemos, incluindo quem está a participar no leilão, de acelerar o seu fim, a responsabilidade é de todos, das operadoras também, porque as licitações estão a ser muito reduzidas”.
Esta é então reviravolta na opinião de Pedro Nuno Santos que em março tinha referido que as licitações deviam continuar a aumentar “porque nós precisamos de dinheiro que, depois, vamos investir noutro objetivo” que é “a necessidade de nós conseguirmos cobrir o território todo com fibra ótica”.
Recorde-se que o leilão cumpre esta quarta-feira o seu 132.º dia de licitação principal, com 12 rondas pela 11.ª vez consecutiva. As propostas superam os 335 milhões de euros.