por Pedro d'Anunciação
Claro que a democracia devia garantir não só a vontade das maiorias, mas também a das minorias. O problema é quando se atravessa nisto o politicamente correcto, e as autoridades vão em frente, sem quererem saber de mais nada, nem das minorias, por acharem estar a defender direitos absolutos. Será assim que deve ser vista a educação das crianças? No fundo, estaria de acordo com o pai que quer educar os filhos segundo os seus valores, e os das famílias. Mas prefiro aperfeiçoar a democracia, que deve valer para todos embora melhor, sem meter pelo meio crianças que nada têm a ver com o assunto.
Acho mal aquele pai solitário lá do Norte, que aproveita os filhos para fazer uma guerra ao Governo (felizmente, ele pode fazê-la). Talvez por isso ele apareça tão sozinho numa luta quixotesca. E temos autoridades que se arrogam direitos absolutos, que também não parecem certas. Porque não tentamos antes mudar essas autoridades? No fundo, temos de aceitar que os nossos representantes tomem resoluções por nós, que a todos obriguem.