Pandemia em Portugal com “tendência estável a decrescente”

No entanto, nas regiões Norte e Alentejo observou-se “uma atividade epidémica crescente”, onde o índice de transmissibilidade está acima do valor limite 1. Variante Delta representa 97,8% dos casos. Lisboa já ultrapassou limiar crítico de ocupação de UCI.

A pandemia de covid-19 em Portugal está com uma “tendência estável a decrescente”, segundo o relatório ‘Monitorização das linhas vermelhas para a covid-19’, divulgado, esta sexta-feira, pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Segundo a análise dos diferentes indicadores, regista-se “uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 de elevada intensidade e tendência estável a decrescente a nível nacional”.

No entanto, nas regiões Norte e Alentejo observou-se “uma atividade epidémica crescente”, onde o índice de transmissibilidade está acima do valor limite 1.

O documento acrescenta que o limiar de 240 casos por 1000 mil habitantes nos últimos dias "já foi ultrapassado a nível nacional e nas regiões Norte, LVT, Alentejo e Algarve". O Algarve é a região mais afetada com uma incidência de 869 casos por 100 mil habitantes.

Apesar da “tendência decrescente de casos”, o número de pessoas internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) com sintomas da covid-19 em Portugal continental “revelou uma tendência crescente, correspondendo a 82% (na semana passada foi de 70%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”.

Lisboa e Vale do Tejo é a região com o maior número de internados, “onde foi ultrapassado o limiar crítico regional definido”.

Na última, a taxa de positividade dos testes realizados ao vírus SARS-CoV-2 foi de 4,7%, “valor que se mantém acima do limiar definido de 4% mas que apresenta uma tendência decrescente”.

Segundo o relatório, “a variante Delta (B.1.617.2), originalmente associada à Índia, é a variante dominante em todas as regiões, com uma frequência relativa de 97,8% dos casos” analisados entre 12 e 18 de julho.

Em suma, “a análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 de elevada intensidade e tendência estável a decrescente a nível nacional, observando-se, no entanto, uma atividade epidémica crescente na região Norte e Alentejo”.

Ainda assim, o INSA deixa um alerta: “Mesmo que a tendência decrescente se confirme nas próximas semanas, é esperada a continuação do aumento da pressão sobre os cuidados de saúde e da mortalidade nas próximas semanas”.

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