por Pedro d'Anunciação
No tratamento das questões laborais (salário mínimo europeu, horários, direito a desligar, etc.) da UE, lançados para a agenda pela Cimeira Social Europeia, organizada pela presidência portuguesa, ficámos a saber sem a menor dúvida que os trabalhadores portugueses são dos que mais trabalham na Europa quanto a horas, mas a sua produtividade fica por metade da alemã. E um eurodeputado nacional, pelo PSD, considerado dos melhores eurodeputados do PE, José Manuel Fernandes, surgiu a salientá-lo de forma claríssima.
Podemos pois concluir que o problema nacional é o da organização do trabalho, ou seja, dos gestores, que até vão ganhando menos mal. Outra vez se vê como estranha a visão da nova associação patronal, liderada por Vasco de Mello, que tem consigo os melhores grupos portugueses. Já se tinha visto que os nossos trabalhadores, quando bem enquadrados por uma boa gestão, são dos melhores do mundo: a prová-lo estão não só os emigrantes, mas também os trabalhadores de empresas nacionais cotadas entre as melhores do mundo em produtividade, como a AutoEuropa, até há pouco com gestão alemã. Veremos o resultado dos gestores nacionais que vão agora aparecendo entre os melhores, nas empresas estrangeiras.