O halterofilista chileno Arley Méndez anunciou o final da sua carreira como atleta profissional. O jovem de 27 anos (81kg) que foi campeão do mundo em 2017 terminou em último na categoria durante os Jogos Olímpicos de Tóquio.
Em declarações à estação televisiva chilena TVN, Méndez explicou que tem sofrido de problemas do foro psicológico e que consumiu marijuana antes da competição para testar positivo no controlo antidoping. "Fiz isso de propósito para ir com o cara***. Uma semana, em Cali, estava desiludido e peguei na marijuana. Que atleta faz isso 48 horas antes da competição? Mas é algo que me magoa, isto é a minha vida. Comecei muito bem, em 2017. Em 2018, começaram os problemas", disse. "Depois disso, continuei e lixei a perna direita com uma fratura de stress. Tenho hérnias nas costas. Estou feito em me***. Já não estou para isto", começou por concluir adiantando que se quer dedicar "a outras coisas".
"Já me ia retirar há muito tempo, mas sabem como é. Tenho família e tenho que a sustentar. Este é o meu trabalho. Gosto de competir, mas estou a sofrer muito. Este desporto está a fazer-me mal", finalizou o rapaz natural de San Cristóbal que leva a que a discussão sobre a saúde mental nos atletas depois de Simone Biles, norte-americana de 24 anos, ter interrompido a sua participação na final dos all-around. “Depois de avaliações médicas adicionais, Simone Biles retirou-se da final individual All Around dos Jogos Olímpicos de Tóquio para se concentrar na própria saúde mental. A Simone vai continuar a ser avaliada diariamente para determinar se vai ou não participar nas finais individuais da próxima semana. Apoiamos a decisão da Simone com todo o nosso coração e aplaudimos a coragem de dar prioridade ao seu bem-estar. A sua coragem mostra, uma vez mais, o porquê de ser um exemplo para tanta gente”, assinalou a USA Gymnastics, em comunicado, divulgado na passada quarta-feira.