Lucro do grupo alemão BMW cresce 21 vezes no primeiro semestre para 7.623 milhões de euros

O lucro do grupo BMW cresceu para 7.623 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, mais 21 vezes que há um ano (362 milhões de euros), apesar da insuficiência de semicondutores na indústria, indicou esta terça-feira o fabricante alemão.

O grupo automóvel, que detém as marcas BMW, Mini e Rolls-Royce, revelou também que alcançou um lucro de 4.790 milhões de euros no segundo trimestre do ano, contra o prejuízo de 212 milhões de euros registado há um ano, na altura justificado pela queda nas vendas e pela pandemia de covid-19.

Já neste segundo trimestre obteve números recordes em vendas, lucro e faturação, justificados pela recuperação da procura.

Além disso, adiantou também que a BMW teve uma receita extraordinária entre abril e junho, pois anulou as provisões que havia criado por causa de um processo antimonopolista da União Europeia.

Quanto à faturação, o grupo alemão adiantou que nos primeiros seis meses esta se cifrou em 55.360 milhões de euros (+28,1%), com o negócio automóvel a crescer 45,3% em termos homólogos e o negócio das motos a crescer 50,2%, comparativamente com o mesmo período do ano anterior.

Até junho, os proveitos operacionais aumentaram para 8.030 milhões de euros, mais de onze vezes em termos homólogos, devido à recuperação da divisão automóvel. No primeiro semestre do ano passado, esta divisão tinha registado perdas operacionais de 1.325 milhões de euros.

As vendas de veículos elétricos e híbridos também aumentaram em 148,6% até junho, apesar de o fabricante alemão ter alertado para o facto de no segundo semestre do ano se vir a confrontar com a escassez na oferta de semicondutores e com o aumento dos preços das matérias-primas.