Champions. Benfica sai em vantagem da primeira mão

O Benfica começou com o pé direito a sua temporada europeia em 2021/22, ao bater o Spartak Moscovo de Rui Vitória por duas bolas a zero, em Moscovo.

O arranque oficial da nova temporada para o Benfica correu da melhor forma possível para os ‘encarnados’, que venceram os russos do Spartak Moscovo por duas bolas a zero, na capital russa. Frente a frente estiveram Jorge Jesus e Rui Vitória, antigo técnico dos ‘encarnados’. Ambos os treinadores tinham garantido que o jogo era maior do que o seu confronto individual, mas a realidade é que o clima foi de cortar à faca, e a prova foi o ambiente que se viveu no campo da Otkritie Arena.

Dado o apito inicial, o Benfica entrou melhor na partida, e o primeiro momento de perigo foi logo marcado por Pizzi, que acertou em Dzhikiya. Ainda assim, estava iniciado o processo atacante do Benfica. Os russos, no entanto, não demoraram a responder, e antes dos 10 minutos de partida já Larsson estava a aquecer as mãos a Vlachodimos.

Seguiu-se uma série de remates perigosos, de um lado e do outro, sem que, no entanto, nenhuma das equipas fosse capaz de concretizar qualquer situação de perigo.

O momento alto da primeira parte deu-se aos 35 minutos, quando Seferovic caiu no relvado, em dores, e acabou substituído por Gonçalo Ramos. A situação repetiu-se – sem substituição, no entanto – quando Lucas Veríssimo atingiu Sobolev, que acabou também deitado no relvado a queixar-se.

As dificuldades, ainda assim não ficaram por aí. Mais perto do fim da primeira parte, Umyarov chocou com um companheiro de equipa e ficou a queixar-se de dores, que se mantiveram até ao apito final da primeira parte. Tudo a zeros até então, numa altura em que o jogo se mantinha equilibrado, com mais intensidade vinda do lado do Benfica.

 

MAIS AÇÃO

Já na segunda parte da partida, o ritmo aqueceu dos dois lados, e os ‘encarnados’ conseguiram, pouco depois de Vertonghen ter visto um cartão amarelo, bater Maksimenko.

O Benfica fez-se à área russa, numa jogada onde o estreante João Mário (nas águias, pelo menos) serviu Rafa, que por sua vez não deu hipótese ao guarda-redes do Spartak. Estava inaugurado o marcador, e o Benfica tinha mais perto a vitória.

Mais à frente, houve quem tivesse de ser recordado que esta partida não teve direito à assistência do VAR. É que, aos 55 minutos de jogo, João Mário fez novamente jogada com Rafa, e o internacional português fez um cruzamento, que acabou frustrado pelo braço de Gigot. Ainda assim, o árbitro sérvio Srdjan Jovanovic não assinalou falta, e a partida continuou, apesar dos protestos.

Passada uma hora de jogo, ambos os treinadores mexeram nas duas equipas, com a entrada de Gilberto e Everton, que substituíram Diogo Gonçalves e Pizzi.

E, novamente, os jogadores do Benfica ficaram a queixar-se de uma grande penalidade por assinalar, aos 69 minutos.

Pouco depois, no entanto, os ‘encarnados’ já teriam razão para sorrir: as substituições pareceram render frutos para o Benfica, com Gilberto a assinalar o segundo golo da partida, aos 74 minutos. Lucas Veríssimo encontrou o compatriota, que não poupou os russos e dilatou a vantagem no marcador dos ‘encarnados’.

A 15 minutos do fim do tempo regulamentar, tudo apontava para uma vitória do Benfica, mas Rui Vitória não se deu por vencido, e meteu sangue novo no seu plantel. Os segundos, no entanto, iam passando, e a preocupação nos olhos do técnico português, bem como da equipa russa, sentia-se cada vez mais. E com razão: chegado o momento do apito final, mantinha-se o marcador em 2-0, com vantagem para o Benfica, que por pouco não aumentava ainda mais a contagem de golos nos minutos extra.

Desta forma, Jorge Jesus saiu vitorioso da primeira mão do confronto perante Rui Vitória, e o clube da Luz tem grande vantagem para a receção aos russos.

 

REGRESSO

A segunda mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões joga-se a 10 de agosto, no Estádio da Luz, quando o Benfica voltará a enfrentar-se ao emblema treinado por Rui Vitória, que regressará assim ao estádio dos ‘encarnados’, depois da sua passagem pelo clube, entre 2015 e 2019.

Caso o Benfica vença esta pré-eliminatória, terá de enfrentar de seguida o vencedor do encontro entre os holandeses do PSV e os dinamarqueses do Midtjylland, sendo que foi o PSV a sair vitorioso da primeira mão, vencendo por 3-0.