António Lacerda Sales, secretário de Estado-adjunto e da Saúde, afirmou, esta sexta-feira, que o país está preparado para vacinar crianças entre os 12 e os 15 anos ainda antes do início do ano letivo, se a Direção-Geral da Saúde (DGS) assim o recomendar.
“Estamos preparados para poder vacinar as crianças dos 12 aos 15 anos, saudáveis, se for essa a decisão da DGS, ainda antes do ano letivo. Assim venha o mais rapidamente possível essa decisão, se for essa a decisão", disse aos jornalistas, à margem da visita às instalações do Hospital Sousa Martins, na Guarda.
Questionado sobre as declarações do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, acerca da generalização da vacinação para adolescentes entre os 12 e os 15 anos, o governante afirmou “não comentar as considerações de órgãos de soberania, nomeadamente do Presidente da República.”
“O que interpretei do que disse o Presidente da República foi uma enorme convergência em relação ao que estamos a fazer: estamos a ganhar tempo para tomar uma decisão baseada em robustez científica e em dados consolidados com maior amplitude”, disse, considerando que o “Presidente da República, como todos os portugueses, quer ver o maior numero de população vacinada no menor tempo possível”.
Sobre a necessidade de tomar uma terceira dose da vacina contra a covid-19, o secretário de Estado da Saúde revelou que a hipótese “ainda não está sobre a mesa” e que “não devemos abrir expectativas em relação a algo que ainda não está sobre a mesa”.
“Precisamos de robustez científica e de dados devidamente consolidados”, sublinhou. “Depois, em conformidade com as decisões tomadas pelo órgão técnico, poderemos planear e aturar.”
Lacerda Sales comentou ainda o cumprimento do objetivo de 70% da população de Portugal continental vacinada com pelo menos uma dose. “É motivo de enorme esperança e de confiança no futuro”, considerou, agradecendo ao "povo português e à sua maturidade cívica na forma como encara a sua proteção e a proteção dos outros".
"Também quero agradecer todos aqueles que estão envolvidos neste processo de vacinação, desde a coordenação da Task Force, aos conselhos de administração, autarcas, seguranças sociais, proteção civil e acima de tudo profissionais de Saúde", acrescentou.
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