Governo anuncia estudo de imunidade à covid-19 em lares de idosos

Objetivo é “aumentar o conhecimento científico atual sobre a duração dos efeitos da vacina nesta população, através da análise da imunidade dos idosos mais vulneráveis que já receberam a vacina, comparando-a com a dos funcionários vacinados na mesma altura”.

O Governo anunciou, este sábado, que irá promover a realização de um estudo serológico a uma amostra de cinco mil funcionares e utentes de lares de idosos. O estudo vai ser conduzido ainda este mês de agosto, é de participação voluntária e tem como objetivo “aumentar o conhecimento científico atual sobre a duração dos efeitos da vacina nesta população, através da análise da imunidade dos idosos mais vulneráveis que já receberam a vacina, comparando-a com a dos funcionários vacinados na mesma altura”.

Em comunicado, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social revela que o estudo se encontra em preparação há vários meses será conduzido pelo Algarve Biomedical Center (ABC) e pela Fundação Champalimaud. Os resultados serão apresentados publicamente em setembro.

“O estudo será conduzido nas regiões do Algarve e Alentejo. O ABC vai contactar todas as instituições destas regiões, solicitando a participação dos utentes e dos profissionais, até se atingir a meta de 5 mil participantes. Os testes não vão acarretar quaisquer custos para as instituições. Os resultados do estudo serão partilhados com as autoridades de saúde e poderão contribuir para decisões futuras sobre esta matéria.”, acrescenta a nota.

Desde o início da vacinação contra a covid-19 em Portugal, em dezembro de 2020, “foram já vacinados 99% dos idosos nos lares e 97% dos funcionários, um esforço que continuará até se garantir a cobertura integral de vacinação nesta população”.

No entanto, “falta ainda vacinar cerca de mil utentes de lares, a esmagadora maioria dos quais (cerca de 90%) por terem estado infetados com Covid-19, estando a aguardar o final dos 90 dias para poderem tomar a vacina”.

No que diz respeito aos funcionários, “falta ainda vacinar cerca de 2.100 pessoas, cerca de 70% dos quais por se encontrarem a recuperar de infeção por Covid. Os restantes não tomaram ainda a vacina por serem novas contratações ou por terem razões de saúde que desaconselham a vacina”.