Seja na República Centro-Africana e, antes disso, no Afeganistão ou no Kosovo, os militares portugueses destacam-se nas suas operações no estrangeiro, sempre gabadas pelas Nações Unidas, bem como nas suas missões de formação de forças locais, como decorre agora em Moçambique, com 45 militares portugueses em campo, segundo informou o Ministério da Defesa ao Nascer do SOL na semana passada, com a possibilidade de mais 15 tropas se lhes juntarem, e uma missão de treino da União Europeia, liderada no terreno pelo brigadeiro-general Nuno Lemos Pires, a caminho.
O problema é que, com a inversão da pirâmide de oficiais, sargentos e praças (ver páginas 8 e 9), toda a estrutura à volta destes homens e mulheres que partem para o estrangeiro fica fragilizada. Além de que manter a rede de infraestruturas e meios militares em Portugal (ver mapa ao lado) pronta para uma emergência já por si só não é tarefa fácil.
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A tudo isto acrescem as missões quotidianas. No caso do Exército, trata-se de tarefas como vigilância florestal, participação no programa de vacinação contra a covid-19 e apoio ao desenvolvimento, contruíndo pontes – como está acontecer neste momento em Torres Vedras, Chamusca ou Montemor-o-Velho, informou o Exército – ou operando maquinaria pesada.
Já a Força Aérea tem responsabilidades como a vigilância do espaço aéreo, com 99 voos feitos estes ano, segundo informou ao Nascer do SOL, tendo feito feito 17 transportes de órgãos, 320 transportes médicos de emergência e 54 operações de resgate, busca e salvamento.
No caso da Marinha portuguesa, gaba-se de ter aalvo 342 vidas em resgates marítimos, só no ano passado, num total de 4414 vidas salvas ao longo dos últimos dez anos. Isto além de 1165 operações de fiscalização no mar – ainda assim um decréscimo de cerca de 20% em relação ao ano anterior, devido às complicações criadas pela pandemia – e com deteção de 135 presumíveis infrações.
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Infografia de Ana Gonçalves