A maioria das vítimas mortais da covid-19 são predominantemente “pessoas muito idosas” e “muito doentes”, com uma média etária superior a 80 anos e com a vacinação contra o vírus completa, revelou, esta terça-feira, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
“Há pessoas que têm duas doses da vacina, o que não é de estranhar, porque a vacina não é totalmente efetiva e não é tão efetiva como nós gostaríamos nos mais velhos”, afirmou a responsável em conferência de imprensa.
Graça Freitas acrescentou que também há registo de mortes de pessoas que têm apenas uma dose da vacina e de algumas que não estão vacinadas, sublinhando que a mortalidade está de acordo com o que "seria expectável em função da efetividade da vacinação" e perante a variante Delta, originalmente associada à Índia.
"Não nos podemos esquecer que, neste momento, a variante dominante em Portugal é a Delta e que são necessárias duas doses da vacina para dar proteção, mas mesmo com duas doses há uma menor efetividade da vacina em pessoas que são mais velhas e que têm patologias associadas", frisou.
Segundo Graça Freitas, a informação sobre a morte de pessoas vacinadas irá passar a estar disponível no boletim epidemiológico diário da Direção-Geral da Saúde.