Bob Dylan está a ser processado num tribunal de Nova Iorque, nos Estados Unidos, por alegadamente ter abusado sexualmente de uma menor de 12 anos. O caso terá acontecido em 1965, mas enquadra-se na lei nova-iorquina de 2019 ‘New York Child Victims Act’, que permite que pessoas que foram abusadas na infância possam processar os agressores décadas mais tarde.
De acordo com a imprensa internacional, o abuso terá durado seis semanas, entre abril e maio daquele ano, e o cantor, que foi vencedor do Prémio Nobel da Literatura em 2016, terá “usado o seu estatuto de músico” e “drogas, álcool e ameaças de violência” para coagir a criança a ter relações sexuais no Hotel Chelsea, em Nova Iorque.
“Bob Dylan começou uma amizade e estabeleceu uma conexão emocional com a queixosa, J.C., para diminuir as suas inibições com o objetivo de abusar sexualmente dela, o que fez, juntamente com o fornecimento de drogas, álcool e ameaças de violência física, deixando-a emocionalmente marcada e psicologicamente afetada até hoje”, lê-se na acusação.
A acusação afirma ainda que “os atos predatórios, sexuais e ilegais de Dylan contra queixosa equivaleram a uma série de contactos prejudiciais e ofensivos, todos feitos intencionalmente sem o seu consentimento”.
Num comunicado, citado pela revista Rolling Stone, um porta-voz do cantor, afirma que "a acusação, com 56 anos, é falsa e será vigorosamente combatida".