O secretário de Estado Adjunto e da Saúde disse, na segunda-feira, que a ciência é a resposta às dúvidas e críticas do movimento antivacinas.
“A melhor resposta que eu posso dar aos movimentos negacionistas é com a ciência e tudo aquilo que é a evidência científica disponível neste momento. Garantidamente, sabemos que a vacinação já evitou muitos milhares de óbitos e muitos milhares de internamentos e doença grave”, esclareceu António Lacerda Sales, em declarações aos jornalistas em Lousada, no distrito do Porto, onde inaugurou as novas instalações da extensão de saúde de Lustosa.
Lacerda Sales comentava o facto de o vice-almirante Gouveia e Melo ter sido recebido, no sábado à noite, em Odivelas por algumas dezenas de manifestantes antivacinação, que gritavam “assassino” e “genocida”. O responsável da task-force declarou que “o negacionismo e o obscurantismo é que são os verdadeiros assassinos. Morreram mais de 18 mil pessoas [em Portugal] em resultado desta pandemia”.
O obscurantismo, no entender do vice-almirante, “pode ajudar a pandemia”. Já ontem o secretário de Estado garantiu que “as pessoas são livres de pensar de maneira diferente”. “Num regime como o nosso, democrático, pleno de maturidade, as pessoas são livres de o fazerem”, acrescentou.
Mas, face ao facto de o processo estar a correr “tão bem, como todos têm transversalmente reconhecido”, Lacerda Sales deseja e acredita que se possa continuar a inocular a população para atingir os objetivos de “um maior número de pessoas vacinado, num menor tempo possível”.
“Ao Ministério da Saúde cabe informar, esclarecer e sensibilizar a população, para que as pessoas possam decidir livremente, quer em termos de saúde própria, quer em termos de saúde de terceiros”, concluiu.