A Ordem dos Médicos (OM) repudiou os incidentes ocorridos no âmbito do processo de vacinação contra a covid-19, particularmente os insultos ao coordenador da task-force de vacinação em Odivelas e a vandalização do centro de vacinação da Azambuja.
Em comunicado, esta terça-feira, o bastonário da OM, bem como o coordenador do gabinete de crise da OM para a covid-19, Filipe Froes, expressaram "o maior repúdio" por estes comportamentos "inaceitáveis e indignos" de uma sociedade "cordata, inclusiva, civilizada e democrática, que sempre caracterizou e definiu a população portuguesa".
Na mesma nota, a OM manifesta "total solidariedade e agradecimento" ao vice-almirante Henrique Gouveia e Melo e à task-force de vacinação contra a covid-19, como também "a todos os médicos e outros profissionais de saúde envolvidos na maior campanha de vacinação de sempre em Portugal".
A entidade destaca ainda a "elevadíssima adesão" à vacinação, nomeadamente dos jovens de 16 e 17 anos que compareceram nos centros de vacinação no último fim de semana "e que deram a maior resposta de civismo e responsabilidade a estes insultos e atos de vandalismo".
"A vacinação é a medida mais útil, segura e eficaz para a proteção individual e coletiva. Em média, e em relação à variante Delta, a vacinação diminui em 8 vezes o risco de contrair a infeção e em 25 vezes o risco de internamento e morte", sublinha a OM, que reforça "total confiança" na eficácia e segurança da vacinação contra a covid-19 e na importância do "conhecimento e da ciência" no combate à pandemia.
Recorde-se que, este sábado, Gouveia e Melo foi recebido, junto a um centro de vacinação em Odivelas, com insultos por parte de manifestantes anti-vacinação. Já na noite de domingo para segunda-feira, o centro de vacinação da Azambuja foi vandalizado.