Graça Freitas levanta a possibilidade de dois grupos da população receberem terceira dose da vacina

A diretora-geral da DGS disse que poderá vir a ser ponderado um “grupo restrito” de “menos de 100 mil pessoas”. 

A diretora-geral da Saúde (DGS), Graça Freitas, revelou, esta quarta-feira, que poderá haver a possibilidade de dois grupos distintos da população receberem a terceira dose da vacina contra a covid-19.

Os grupos em questão são os imunosuprimidos e as pessoas mais velhas, doentes ou com condições que os deixaram insuficientemente protegidos.

"A questão da terceira dose tem duas componentes: para os imunosuprimidos é uma outra oportunidade de ficarem imunizados; para as pessoas que tiveram a sua vacinação, mas porque são velhos, doentes ou terem outra condição que não os deixou duradouramente protegidos, está a ser equacionado um reforço. São estes estudos que estão a ser feitos e que têm muito a ver com a duração da imunidade", revelou Graça Freitas.

Em declarações para o programa “Casa Feliz” da SIC, a diretora disse que seria um “grupo restrito” de “menos de 100 mil pessoas”.

"Diferente é em determinadas populações que não têm o seu sistema imunitário tão forte: nessas pessoas fazemos um reforço, pegando na imunidade que já têm das outras duas doses e estimulando essa imunidade", explicou.

Quanto à decisão sobre a vacinação das crianças e jovens entre os 12 e os 15 anos, Graça Freitas disse que a DGS sentiu a “grande necessidade” de obter a maior quantidade de dados, ao fazer uma comparação com o processo nos idosos.

"O benefício de vacinação de um idoso é imenso, porque tem um grande risco de ter doença e de poder morrer. Os benefícios ultrapassam em muito os riscos. Obviamente que os mais novos têm doença menos grave, portanto os benefícios são um pouco menores e temos de ser muito mais cuidadosos do que já somos com os riscos. Foi isso que se passou, tivemos de esperar por estudos que dissessem que vacinar este grupo etário traz benefícios e é seguro", esclareceu.

A líder da autoridade de saúde nacional reiterou que a sua decisão sobre a vacinação para esta faixa etária é feita “com segurança”, defendendo que “quanto mais depressa e a mais pessoas chegar, melhor”, principalmente porque o próximo ano letivo já se aproxima a menos de um mês.