Enquanto grande parte da comunidade internacional se posiciona contra os talibãs e temem o que pode surgir da sua governação, existem países que se posicionam ao lado deste “Novo Afeganistão”.
A Rússia já afirmou que não iria intervir militarmente no Afeganistão, esclareceu o Presidente Vladimir Putin, afirmando que não queria cometer os mesmos erros da União Soviética, algo que, segundo especialistas internacionais, pode estar ligada a um plano para expandir a sua influência no Oriente.
“A Rússia tem ajudado os talibãs, não apenas com sua diplomacia, mas também com dinheiro e, possivelmente, serviços de inteligência”, disse o cientista político e diretor do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, Seth Jones, à BBC, acrescentando que esta pode ser uma forma dos russos fazerem frente aos Estados Unidos.
“Um dos seus interesses é simplesmente contrapor o poderio dos Estados Unidos em regiões que considera pertencerem às suas esferas de influência: Sul da Ásia, Oriente Médio e Leste Europeu”, explica o perito.
A China é um ator internacional que, alegadamente, fez questão de tentar estabelecer relações diplomáticas com o Governo talibã.
Além de estar relacionado com questões financeiras, a China ainda tem esperança de extrair cobre na região de Mes Aynak, tal como a Rússia.
“Há interesses de países, como a China, que quer ocupar o vácuo de poder que os americanos deixaram”, disse o professor de Relações Internacionais, Gunther Rudzit, à CNN.
A Turquia também se mostrou aberto a “cooperar” com os talibãs e defendeu a “transição pacífica” no Afeganistão, assim como as “declarações moderadas” do grupo rebelde e, inclusive, ofereceu-se para liderar a segurança no aeroporto de Cabul.