A pandemia de covid-19 em Portugal está com uma “tendência estável a decrescente”, mas os casos no grupo etário de 65 ou mais anos apresentam uma “tendência estável a crescente”, segundo o relatório ‘Monitorização das linhas vermelhas para a covid-19’, divulgado, esta sexta-feira, pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Segundo o documento, Portugal tem uma incidência de 294 casos por 100 mil habitantes acumulados nos últimos 14 dias, o que representa “uma tendência estável a decrescente a nível nacional”. No entanto, no Algarve observa-se “uma incidência superior ao limiar de 480 casos em 14 dias por 100 000 habitantes”. A região tem atualmente uma incidência de 635 casos por 100 mil habitantes.
Já o grupo etário de 65 ou mais anos apresenta uma tendência inversa, "estável a crescente a nível nacional”, ao registar uma incidência de 127 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias.
O rácio de transmissibilidade (RT) mostra “uma tendência estável a decrescente”, ao apresentar um “valor ligeiramente inferior a 1”. O RT é de 0,96 a nível nacional e nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. Já no Norte e Centro, é “igual ou superior a 1, o que corresponde a uma tendência de incidência estável a crescente nestas regiões”.
Tal como o número de casos, também o número de pessoas internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) com sintomas da covid-19 em Portugal continental “revelou uma tendência estável a decrescente, correspondendo a 55% (na semana anterior foi de 59%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”.
Também “a mortalidade específica por COVID-19 (14,6 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes) apresenta uma tendência estável a decrescente”.
Na última semana, a taxa de positividade dos testes realizados ao vírus SARS-CoV-2 foi de 4%, “encontrando-se no limiar definido de 4,0%”. Contudo, “observou-se uma diminuição do número de testes para deteção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos sete dias”.
Segundo o relatório, “a variante Delta (B.1.617.2), originalmente associada à Índia, é a variante dominante em todas as regiões, com uma frequência relativa de 100% dos casos” analisados entre 16 e 22 de agosto.
Em suma, “a análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de infeção por SARS-CoV-2 de elevada intensidade, com tendência estável a decrescente a nível nacional, assim como uma tendência estável a decrescente na pressão sobre os serviços de saúde e na mortalidade por covid-19”.