A família de Nuno Santos, o trabalhador que foi mortalmente atropelado pelo carro onde seguia o ministro da Administração Interna, no dia 18 de junho, vai pedir, em tribunal, uma indemnização superior a um milhão de euros. A notícia é avançada pela revista Visão, que cita o advogado da família.
“Vou pedir em tribunal uma indemnização razoável, o que, num caso como este, tem de ser sempre superior a um milhão de euros”, afirmou o advogado José Joaquim Barros à publicação.
O advogado adianta ainda que irá responsabilizar o ministro Eduardo Cabrita pelo incidente. “Responsabilizo quem, nos termos da lei, é realmente o responsável. Em termos de responsabilidade pelo risco, a lei não responsabiliza exatamente o condutor, mas sim quem tem a direção efetiva do veículo. O que, neste caso, significa que é o chefe daquela comitiva, ou seja, o ministro Eduardo Cabrita”, sublinhou.
Recorde-se que Nuno Santos morreu aos 43 anos, após ser atropelado por um BMW série 7 de 2011, no quilómetro 77 da autoestrada A6, onde seguia Eduardo Cabrita. Vários testemunhos ouvidos pelo Nascer do SOL admitem que a viatura circulava a mais de 200 km/h.