Rui Fonseca Castro, o juiz que nega a existência da pandemia, foi ouvido esta terça-feira no Conselho Superior de Magistratura. Mas antes de entrar na audiência do processo disciplinar, que este órgão lhe instaurou, estando em causa a sua expulsão, o juiz insultou vários agentes da PSP. Atualmente está suspenso de funções e a decisão final deverá ser anunciada dentro de um mês.
Recorde-se que o juiz foi suspenso de funções pelo Conselho depois de ter divulgado no Facebook as suas teorias e de manifestar discordância em relação às regras do confinamento decretadas pelo Governo e pela Assembleia da República, recusando aplicá-las no Tribunal de Odemira, onde está colocado.
Vítor Ribeiro, o inspetor judicial que foi nomeado pelo CSM para fazer o inquérito disciplinar, propôs em agosto a expulsão do juiz da magistratura, a medida disciplinar mais pesada e que é raramente usada em Portugal.
Além do vírus, o magistrado tem incluído a maçonaria entre os seus alvos preferidos: um dos dardos que utilizou, mal teve conhecimento do processo disciplinar, foi dizer-se vítima de “delito de opinião” e acusar os juízes que o suspenderam de pertencerem à organização “que manda no país”.