Portugal continua a dar cartas no Campeonato Europeu de voleibol, cuja fase final decorre na Polónia (grupo A), Republica Checa (B), Finlândia (C) e Estónia (D). Frente ao emblema nacional grego, os lusitanos venceram por 3-1, o que valeu uma passagem aos oitavos-de-final da competição, após alcançar o quarto lugar no grupo A. Um feito, aliás, inédito para a seleção nacional de voleibol, que nunca tinha chegado tão longe na competição.
Em Cracóvia, o emblema treinado por Hugo Silva estava obrigado a pontuar, e não desiludiu. Com os parciais 25-22, 24-26, 25-20 e 25-22, a vitória foi alcançada, conseguindo os portugueses vingar-se do emblema nacional grego, que eliminou Portugal do Europeu em 2019.
A luta poderia ter ficado resolvida mais cedo, mas os helénicos recuperaram no segundo set e obrigaram o jogo a quatro sets, conseguindo sempre os portugueses sair por cima, apesar de terem passado por momentos de inferioridade pontual no marcador.
Agora, a seleção nacional vai enfrentar, nos oitavos-de-final, a equipa dos Países Baixos, em Gdansk. A mesma equipa, recorde-se, que venceu o Grupo C com quatro vitórias e uma derrota, e que é 14.ª no ranking mundial da modalidade, ao passo que Portugal ocupa, no mesmo ranking, o 34.º lugar.
A vitória frente aos gregos foi o momento de salvação para a turma de Hugo Silva, que sofreu duas derrotas consecutivas, frente à Ucrânia e à Sérvia, às quais se junta uma derrota com a anfitriã Polónia. Um facto pelo qual, aliás, o técnico aproveitou para pedir “desculpa”, em declarações à imprensa. “Fica desde já aqui o meu pedido [de desculpa], pois eu tinha mais que obrigação de ganhar a estas duas seleções”, começou por referir o técnico.
“Quero dizer que nós somos os artífices da nossa própria sorte e eu sou um sortudo por ter um grupo que me atura e vai acreditando no que a equipa técnica quer deles”, revelou o técnico no fim da partida, emocionado. “É impressionante o que este grupo tem dado ao voleibol nos últimos anos e, desafio atrás de desafio, estes jogadores vão conseguindo escrever o nome deles em letras bem grandes no voleibol português”, concluiu Hugo Silva.
O jogo de domingo, frente aos Países Baixos, não será nada fácil, mas “a nossa Seleção já provou que mesmo com as nossas limitações, jogando no limite tudo é possível”, defendeu o técnico português, que garantiu que os jogadores “vão com tudo já no domingo e agora sonhando bem acordados que tudo é possível”.
Diga-se já de passagem que, se os portugueses vencerem os holandeses em Gdansk, o desafio seguinte, nos quartos-de-final (14 de Setembro, também em Gdansk) passará por enfrentar o vencedor do jogo entre a Sérvia (2.º do Grupo A) e a Turquia (3.º do Grupo C).