Os bombeiros dos Estados Unidos da América (EUA) começaram a cobrir, na passada quinta-feira, várias sequoias antigas, entre as quais a maior árvore do mundo, "em volume", de nome General Sherman, em alumínio resistente ao fogo, para as proteger das chamas que ameaçavam o Parque Nacional Secuoya, na Califórnia, que contém cerca de 2.000 árvores.
A General Sherman soma 1.487 metros cúbicos, chega aos 84 metros de altura e conta com uma circunferência de 31 metros ao nível do chão, segundo o National Park Service, citado pelo The Guardian. As chamas forçaram a evacuação do parque, numa altura quem que a Califórnia sofreu de uma longa linha de intensos fogos ao longo deste verão.
“Estão a ser tomadas medidas extraordinárias para proteger estas árvores”, informou Christy Brigham, porta-voz do parque, ao jornal local The Mercury News. Para além da proteção de alumínio, os bombeiros também limparam a área. Era esperado que os incêndios que atingiram a região conseguissem chegar à chamada Floresta Gigante, também no Parque Nacional Secuoya, onde se encontram as 2.000 árvores. No local estavam 356 bombeiros. “Embora tenhamos feito todo este fogo prescrito e sintamos que o comportamento do fogo quando lá chegar — se lá chegar — será bastante moderado, queremos fazer tudo o que realmente pudermos para proteger estas árvores de 2.000 e 3.000 anos de idade”, disse Brigham.
Também no ano passado um incêndio engoliu várias árvores da mesma espécie. Mas a cautela com os fogos não vem de agora: já desde a década de 1970 que os trabalhadores do parque retiram árvores menores e arbustos para que as chamas fiquem controladas e permaneçam mais junto ao solo e, assim, as árvores colossais possam estar mais em segurança.
Mas o fogo até pode ser um amigo destas espécies, ajudando-as a libertar sementes e criando condições que estimulam o seu crescimento. Contudo, o exagero e a intensidade dos incêndios, que estão alimentados pelas alterações climáticas, podem ser letais.