Qual será a melhor forma de começar o dia do nosso aniversário? A resposta para esta pergunta varia de pessoa para pessoa e, igualmente, consoante a idade. No entanto, se pudéssemos falar com o príncipe Harry, talvez ele nos dissesse que integrar a aclamada TIME 100, uma lista anual das 100 pessoas mais influentes do mundo, elaborada pela revista norte-americana Time, cuja capa foi partilhada online exatamente na passada quarta-feira, o dia em que completou 37 anos, foi um dos acontecimentos mais marcantes da data que assinala o nascimento do filho mais novo da princesa Diana e do príncipe Carlos.
No entanto, nem sempre Harry surgiu nos órgãos de informação pelos melhores motivos. Aos 17 anos, admitiu ter fumado canábis e começou a ser seguido ainda mais atentamente pela imprensa sensacionalista que o fotografava em bares e discotecas. Em 2005 esteve no centro de nova polémica, quando usou um uniforme nazi numa festa de Carnaval. Pouco tempo depois deste escândalo, ingressou na Royal Military Academy de Sandhurst.
Por esse motivo, em 2008, encontrava-se em missão no Afeganistão e foi repatriado por razões de segurança depois de a informação ter vindo a público. Na biografia de Harry, da autoria de Katie Nicholl, repórter inglesa que durante vários anos acompanhou a família real britânica, lançada em 2018, o capitão Dickon Leigh-Wood, que serviu o exército britânico ao lado do príncipe, explicou que estiveram perto de perder a vida quando entenderam que uma bomba se encontrava a 15 centímetros do local onde os veículos circulavam, sendo que foi ordenado que todos parassem e, deste modo, ninguém morreu.
Em 2013, novamente em missão no país que continuava a viver um clima bélico, o príncipe afirmou que matou «alguns talibãs» enquanto exerceu a função de copiloto do helicóptero Apache durante vinte semanas. Os talibãs anunciaram a intenção de sequestrar ou matar Harry durante a sua passagem pelo país, sendo que, segundo a imprensa britânica, um comandante insurgente afegão descreveu-o como um «chacal» bêbedo, disposto a matar «afegãos inocentes».
Porém, não foi a curta carreira militar de Harry ou a sua adolescência conturbada que levaram a que fosse acarinhado pelos media, mas sim o facto de apoiar diversas causas, nomeadamente, aquelas que dizem respeito à saúde mental. Em novembro do ano passado, a título de exemplo, o antigo duque de Sussex – que abdicou do título real em janeiro de 2020 –, foi visto a fazer voluntariado para uma associação de veteranos em Compton, a The Walker Family Events Foundation.
Para além disso, a 19 de maio de 2018, quando se casou com a atriz norte-americana Meghan Markle, subiu mais um patamar rumo ao estrelato. O casal começou a namorar em junho de 2016, mas o relacionamento só foi conhecido em setembro.
A 8 de novembro, o assessor de imprensa da família real emitiu uma declaração oficial relativamente à «onda de abuso e assédio» dirigida a Markle após o anúncio do noivado. Tal aconteceu porque Markle é a segunda norte-americana e a primeira pessoa multirracial a contrair matrimónio com um membro da família real inglesa. Ao contrário daquilo que aconteceu aquando do casamento de William e Kate Middleton, em 2011, o governo britânico não declarou a data do casamento de Harry e Meghan como feriado.
Apesar do intitulado ‘Megxit’, a saída oficial de Harry e Meghan da realeza, os familiares aproveitaram o seu aniversário para demonstrar o afeto que nutrem pelo pai de Archie, de dois anos, e Lilibet, de três meses. A conta oficial da família real, na rede social Twitter, partilhou quatro fotografias de Harry com a descrição «Desejamos um feliz aniversário ao duque de Sussex!», enquanto o príncipe Carlos publicou três fotografias – uma delas, captada numa visita à África do Sul, em 1997 –, com uma mensagem idêntica e William e Kate fizeram o mesmo, mas recorrendo a um único retrato do aniversariante.