Quase dois terços dos eleitores suíços votaram a favor do casamento por pessoas do mesmo sexo, deixando a Suíça a par da maioria dos países da Europa Ocidental.
Nesta nação tradicionalmente conservadora, onde as mulheres só tiveram direito de voto nos anos 70, chegando a demorar até aos anos 90 para terem direito de voto nas eleições municipais em alguns cantões, o referendo, onde o sim obteve 64,1% dos votos, foi visto como uma enorme vitória para o movimento LGBT+.
A decisão facilitará o acesso a nacionalidade a estrangeiros casados com suíços do mesmo sexo, além da adoção, pondo em par de igualdade casais LGBT+ com casais heterossexuais, argumentam os defensores do "sim". "Para muitas pessoas, após anos de luta, após anos de discriminação este é um passo simplesmente avassalador", resumiu Michel Rudin, dirigente da Pink Cross, no Twitter. Já Monika Rueegger, dirigente do Partido Popular Suíço, conservador, que encabeçou a campanha pelo "não", queixou-se à Reuters que "crianças e pais é que ficam a perder".