Melhorar a capacidade de resposta no apoio psicológico e fisioterapia para trabalhadores e utentes é o principal objetivo do Plano Outono-Inverno para Lares de Idosos, apresentado esta sexta-feira, em Almada, pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. "Hoje, o momento é de apresentação do programa RECUPERA, para os próximos seis meses, em que procuramos direcionar-nos a cerca de 130 mil pessoas, incluindo funcionários e as pessoas que vivem nos lares, para termos uma resposta, do ponto de vista de apoio psicológico e também do ponto de vista de fisioterapia", elucidou Ana Mendes Godinho na cerimónia que decorreu no Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro, em Almada, no distrito de Setúbal.
"Temos aqui um programa ativo para recuperarmos todos, face à intensidade dos meses que vivemos, naturalmente, mantendo a guarda e os cuidados naturais que temos que ter, porque sabemos que é um vírus [que provoca a covid-19] que afeta particularmente as pessoas mais velhas", sublinhou, recordando que entra hoje em vigor a nova fase de desconfinamento, que vai permitir maior liberdade nas visitas aos lares de idosos, e frisou a necessidade de se manter o cuidado, pelo que os visitantes dos lares terão de apresentar "certificado digital ou teste [negativo]".
Por outro lado, revelou também que vai ser retomado o programa de testagem preventiva dos funcionários, para procurar prevenir novos surtos de covid-19. "No último ano e meio foram realizados cerca de 430 mil testes aos trabalhadores dos lares, que terão evitado cerca de 900 surtos [de covid-19]", esclareceu Ana Mendes Godinho. De seguida, lembrou que o Governo já tinha criado a medida extraordinária MAREESS (Medida de Apoio ao Reforço de Emergência de Equipamentos Sociais e de Saúde) em abril de 2020, que conduziu ao reforço dos recursos humanos nos lares e outras instituições, adiantando que esses trabalhadores poderão agora ser integrados nos quadros de pessoal de cada uma das instituições.
"O que nós decidimos agora foi criar uma medida excecional para a conversão deste reforço de recursos humanos em contratos permanentes, para [esses trabalhadores] ficarem nas próprias instituições, dando um prémio de 5200 euros [às instituições] para que esta conversão aconteça, para reforço, de uma forma permanente, dos quadros das instituições", disse, adiantando que "ficou evidente que é preciso e é esse o caminho. Acho que estamos todos alinhados nesta preocupação de reforço de recursos humanos, de recursos humanos qualificados e de valorização das pessoas que trabalham no setor social".