Mais de 15.900 suspeitas de reações adversas às vacinas contra a covid-19 foram reportadas às autoridades de saúde Portugal.
Perto de seis mil, 5.929, foram classificadas como graves e 85 das quais terão levado à morte de idosos, segundo dados do Infarmed.
"Os casos de morte ocorreram num grupo de indivíduos com uma mediana de idades de 77 anos e não pressupõem necessariamente a existência de uma relação causal entre cada óbito e a vacina administrada, decorrendo também dentro dos padrões normais de mortalidade da população portuguesa", lê-se no Relatório de Farmacovigilância – Monotorização da Segurança das Vacinas contra a covid-19 em Portugal.
Os dados são relativos à campanha de vacinação entre 27 de dezembro de 2020 até 26 de setembro, período no qual foram administradas 15.956.183 doses de fármacos contra a covid-19.
Além das 5.929 reações adversas consideradas “graves” – 37% do total de 15.922 – 9.993 (63%) foram classificadas como “não graves”.
De acordo com o mesmo relatório, das reações notificadas como "graves", 3.612 foram classificadas como "clinicamente importantes" (23%), 1.517 geraram incapacidade (9,5%), 557 motivaram hospitalização (3,5%), 158 representaram "risco de vida" (1%) e 85 morte (0,5%).
"Com o decorrer do programa de vacinação, e o estímulo para a notificação de suspeitas de RAM associadas a vacinas contra a covid-19, este valor tem aumentado", sublinha o Infarmed, no documento, acrescentando que "as reações adversas são pouco frequentes, com cerca de 1 caso em mil inoculações, um valor estável ao longo do tempo".
As idades onde se identificaram mais reações adversas são entre os 25 e os 49 anos, grupo etário onde foi administrado o maior número de vacinas.
Na faixa etária dos 12-17 anos, foram notificados 47 casos como graves e 30 como não graves, num total de 994.827 vacinas administradas.
Em menores de três anos, foram repostados 22 casos de reações não graves, essencialmente “ocorrências não graves de febre, regurgitação ou irritabilidade em crianças cujas mães poderão ter sido expostas à vacina".