A taxa de desemprego na região Norte do país caiu para 6,3% no segundo trimestre deste ano, em relação aos 7,4% registados no período homólogo. Os números foram divulgados esta segunda-feira pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), no relatório trimestral Norte Conjuntura, a que a Lusa teve acesso.
Segundo os dados, também a taxa de desemprego jovem caiu face ao primeiro trimestre deste ano, em que era 22,5%, para 21,8% no 2.º trimestre, “invertendo a tendência de crescimento observada ao longo da crise”.
Para estes números contribuiu um aumento da população empregada de 87200, em relação ao período homólogo de 2020, valor que significa uma subida de 5,3%.
“Este crescimento acentuado deveu-se a um efeito base associado ao pico da crise pandémica no 2.º trimestre de 2020, mas também ao dinamismo intrínseco da economia do Norte”, refere a CCDR-N.
Destaque ainda para o salário mensal líquido dos trabalhadores por conta de outrem que registou “o valor mais elevado desde que existem registos”, para os 955 euros.
Turismo com 1,1 milhões de dormidas Em relação ao setor do turismo, o documento revela que “as dormidas nos estabelecimentos turísticos do Norte foram de 1,1 milhões no 2.º trimestre de 2021, que compara com apenas 305 mil no período homólogo de 2020”. Apesar dos bons resultados, estes estão ainda longe do período pré-pandémico em que, por esta altura, foram registadas 1,8 milhões de dormidas.
Nesta região do país, no segundo trimestre, ficam hospedadas 663 milhões de pessoas, quando em 2019 tinham sido mais de um milhão.
E tal como acontece um pouco por todo o país, o destaque vai para os portugueses: os residentes representaram 71,3% do total de dormidas, face a 29,7% não residentes.
O relatório destaca que, apesar da “predominância do mercado interno – um facto apenas visível em contexto pandémico – começam a surgir sinais positivos de uma gradual normalização da atividade turística, com o reforço do mercado externo, após uma fase de declínio”.