Dean Cain, que deu vida ao Super-Homem na série da ABC ‘Lois & Clark – As Novas Aventuras do Super-Homem’, entre 1993 e 1997, criticou o facto de a DC Comics ter decidido que a personagem será bissexual.
Sublinhe-se que a nova banda desenhada, intitulada ‘Super-Homem: Filho de Kal-El’ e da autoria de Tom Taylor, vai ser lançada em novembro, e Jonathan Kent – o novo Super-Homem e filho de Clark Kent e Lois Lane – irá assumir-se como bissexual. Além disso, terá também uma posição política mais ativa e pública do que outros super-heróis. Recorde-se que a DC Comics fez o anúncio com uma imagem do jovem a beijar um jornalista chamado Jay Nakamura.
Quem não gostou da novidade foi Dean Cain, que considerou que a decisão foi tudo menos ousada ou corajosa.
“Eu não acho que é ousado ou corajoso (…) se tivessem feito isto há 20 anos, talvez fosse ousado ou corajoso”, criticou o ator, de 55 anos, numa entrevista à Fox, utilizando depois o termo “bandwagoning” para descrever a decisão da DC. Sublinhe-se que o termo, também conhecido como ‘efeito adesão’, serve para definir uma tendência de conformidade, ou seja, a forma como as pessoas se alinham com a maioria ou são influenciadas. Cain deu depois exemplos recentes de mudanças semelhantes.
“Robin acabou de sair como bissexual – quem está realmente chocado com isso? O novo Capitão América é gay. A minha filha na [série] ‘Supergirl’, onde interpretei o pai, era homossexual.”, disse. “Corajoso seria tê-lo a lutar pelos direitos dos homossexuais no Irão, onde eles te vão atirar de um prédio pelo crime de ser homossexual”, acrescentou, criticando também as novas batalhas de Jon Kent, como as mudanças climáticas, e dizendo que estas deveriam tratar temas como, por exemplo, a corrupção ou os direitos no Afeganistão.