A empresa sueca IKEA estima que a escassez de artigos e os atrasos se prolonguem até ao verão do ano que vem, durando assim mais tempo do que aquilo que era esperado. A expectativa foi partilhada por Abrahamsson Ring, CEO da Inter IKEA ao Financial Times.
“Na verdade, prevemos que o desafio da disponibilidade e das matérias-primas continuará durante a maior parte, se não todo, [do exercício financeiro até o final de agosto]. É um período mais longo do que pensávamos no início da crise", disse Jon Abrahamsson Ring.
Tal como outros retalhistas, a IKEA ainda enfrenta problemas de escassez de produtos devido à pandemia, uma vez que os preços do transporte dispararam e os portos ficaram congestionados em todo o mundo, adianta o mesmo jornal.
Já em Portugal, as vendas da empresa subiram 5% no ano fiscal que terminou em agosto, impulsionadas pelo online, adiantou à agência Lusa o administrador financeiro e vice-presidente executivo da IKEA Portugal, Ricardo Pereira.
No ano fiscal que começou em setembro de 2020 e terminou em 31 de agosto deste ano, e apesar das restrições impostas devido à pandemia de Covid-19, "tivemos resultados bastante positivos, conseguimos fechar com 462 milhões de euros de vendas", afirmou o administrador, acrescentando que "isto é 5% acima do ano anterior, apesar de termos tido mais restrições, mais complexidade, mais dificuldade" e que por terem conseguido "vender acima do ano anterior", se sentem "bastante positivos com o resultado".
No ano fiscal que terminou a IKEA Portugal foi afetada pelos "dois 'lockdowns'" (confinamentos), em que as medidas "foram mais restritivas", já que as lojas "tiveram 13 semanas" fechadas, enquanto no período anterior (2019/2020) tinham estado encerradas cerca de 11 semanas, apontou ainda.