A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) apresentou esta sexta-feira, na sua proposta tarifária para o próximo ano, uma variação de +0,2% nos preços de venda da eletricidade a clientes finais no mercado regulado.
O preço da luz deverá assim voltar a subir pela primeira vez desde 2017 – altura em que crescer 1,2% – depois de ter registado, por exemplo, quebras em 2019 (-3,5%), 2020 (-2,7%) e 2021 (-0,6%).
Esta mudança acontecerá no mercado regulado, que afeta 933 mil famílias – cerca de 5% do consumo total. No entanto, a versão final dos preços só deverá ficar fechada a 15 de dezembro para que depois entre em vigor a 1 de janeiro de 2022.
A ERSE acrescenta, no entanto, que «a variação apresentada é relativa ao preço médio do ano 2021, que integra a revisão em alta da tarifa de energia em julho e outubro de 2021. Todavia, em janeiro de 2022 os consumidores vão observar uma redução de -3,4% em relação aos preços em vigor em dezembro de 2021».
Recorde-se ainda que o Governo já tinha dito que dispõe de «almofadas» para evitar o crescimento do preço da luz.
As proposas da ERSE surgem numa altura em que o preço da eletricidade sobe para segundo máximo no mercado grossista ibérico: durante a primeira quinzena de outubro, o preço do mercado grossista atingiu em média 202,8 euros/MWh, ou seja, o mês mais caro da história.