Houve por aí notícias a darem por seguro que o próximo James Bond, para corresponder melhor aos ares do tempo, como tem sido sua constante, será uma mulher, ou um gay, ou um negro. Outros temas que mostram a intenção do James Bond andar cada vez mais com o ar dos tempos foram as mulheres fáceis deixadas pelo caminho das doenças muito transmissíveis (como a SIDA, certas hepatites, ou a do Covid 19).
Parece que quem se tem oposto mais a isto (do novo J. Bond ser negro ou gay ou mulher) tem sido Daniel Craig, que já não deve ser segredo para ninguém o quanto eu o estimo pouco, por achar que ele se levava muito a sério num papel de diversão e brincadeira, que fora melhor entendido pelos seus antecessores – desde os mais sérios e com maior duração, como Sean Connery ou Roger Moore (o que consta ser o preferido de Ian Fleming, mas estava no princípio ocupado com a série televisiva do Santo), até aos que passaram rapidamente pelo ecrã, como Timothy Dalton, Georges Lazanby e Barry Nelson, passando por Pierce Brosnan e David Niven. De resto, os maus eram sempre muito maus, e menos humorísticos; com a excepção obrigatória de Christoph Waltz, sempre um mau apetitoso. Talvez apetitoso de mais para mau.
E é que vieram os realizadores mais icónicos, como Sam Mendes e Cary Joji Fukunaga (com este nome, não deixa de ser norte-americano), e chamaram a atenção de cinéfilos, sobretudo os que vão pelos nomes, para estes filmes.
Talvez um James Bond que não seja um bom e perfeito espião inglês, bem branco, interrompa um sucesso que já leva demasiados anos.
Porque Craig também não se limitou a endurecer Bond, e a trazer a tragédia. Ainda por cima, achou-se no direito de matá-lo. Ficaremos com ele morto? Não o parecem pretender os promotores deste maná.