Por Aristóteles Drummond
O empresário Elie Horn, fundador e acionista controlador da Cyrela, uma das maiores empresas do imobiliário no Brasil, é o único brasileiro filiado a The Giving Pledge, entidade fundada por Bill Gates e Warren Buffet para estimular milionários a fazerem doações daquilo que possa exceder o razoável para deixar à família. Elie, que é judeu religioso e fecha seus escritórios às sextas-feiras, às cinco da tarde, pelo Shabat, doou 60% de sua fortuna e continua a fazer grandes doações pontuais. Eli nasceu na Síria, mas veio para o Brasil com os pais com menos de dez anos de idade.
Outros empresários relevantes têm aderido à filantropia, sendo que, nesta pandemia, são estimados um mil milhões e meio de euros equivalentes doados pelas grandes empresas ou famílias. Os herdeiros do banqueiro Walter Moreira Salles, por exemplo, doaram mais de 15 milhões de euros equivalentes para atender os menos favorecidos.
Mas em volume de recursos, a do ex-banqueiro Ronaldo Cezar Coelho, pode ser ainda maior. Ele investiu numa instituição que criou para gerenciar sua coleção de arte e instituições de ensino e cultura, em Vassouras. Aliás, a cidade tem sorte, pois, há cerca de um século, recebeu a fortuna de uma filha ilustre, Eufrásia Teixeira Leite, que doou os casarões históricos e o hospital para a região.
VARIEDADES
• A continuar a queda nos óbitos pela covid, a vida deve estar normalizada no país até o final do mês. Mas pouco mais da metade da população vacinada com as duas doses. O grande erro foi a imprevidência na compra das vacinas.
• A SP Arte, maior evento artístico no país, em galpão com 9.000 m2, abrigando mais de 180 expositores, fica aberta até domingo 24. Permitidos 3.500 visitantes por dia, com certificado de vacinação.
• José Luiz Datena, popular e veterano apresentador de um programa policial na televisão, confirmou que pode ser candidato a Presidente da República. Critica Lula da Silva e Jair Bolsonaro.
• O Brasil pode promover mudança em até 40 embaixadas ainda este ano. Os diplomatas resistem a duas indicações possíveis do presidente Bolsonaro, de nomes estranhos à carreira. No caso da África do Sul, são mais de quatro meses sem resposta do pedido de agrément para o bispo da IURD Marcelo Crivella, que já foi missionário no país. Consta que as embaixadas de Angola e Moçambique manifestaram preocupação com a indicação pelos problemas envolvendo a IURD com os dois países lusófonos e vizinhos da África do Sul.
• O tradicional O Estado de S. Paulo, o segundo em venda, mas talvez ainda o de maior credibilidade, desde domingo passado em formato berliner e com inovações editoriais. O jornal tem desenvolvido muito sua forma digital e nas mídias sociais, como os demais. A aposta é que o impresso vai sobreviver, segundo maioria manifesta em sondagem feita por encomenda do veículo entre os seus assinantes.
• A planta de dessalinização da ArcelorMittal, no porto de Tubarão, está funcionando e é a primeira no Brasil. Projeto de uma empresa americana, aumentou a disponibilidade de água potável para a cidade de Vitória, ao deixar de usar a rede que atende a população. Esta será a solução para as regiões próximas da costa, em todo o mundo, em que as chuvas se tornaram irregulares.
• O relatório da CPI da Pandemia no Senado, conforme previsto, exagerou nas acusações, o que diminui os efeitos dos três ou quatro itens inquestionáveis de falhas do Presidente da República no processo de combate à covid.
• O Jardim Botânico do Rio, criação de D João VI, começou a ter visitas noturnas guiadas. O percurso, com guia bilingue, pode ser feito a pé ou de carro elétrico.
• Chove em diversos pontos do país. Mas onde interessa para recuperar reservatórios, chove pouco.
Rio de Janeiro, outubro de 2021