Foi esta segunda-feira que David Halls, o homem que entregou ao ator Alec Baldwin a arma que causou a morte da diretora de fotografia no set de filmagem do filme “Rust”, prestou as suas primeiras declarações públicas relativas à tragédia.
Em comunicado enviado ao New York Post, Halls afirmou estar "em choque e triste" com o sucedido. Contudo não se referiu diretamente aos tiros nem à sua participação na sequência de eventos.
"Halyna Hutchins não era apenas uma das pessoas mais talentosas com quem já trabalhei, mas também uma amiga", escreveu o assistente de realização. "Espero que esta tragédia leve a indústria a reavaliar os seus valores e práticas, para garantir que ninguém fique ferido durante o processo criativo", acrescentou.
Na nota, Halls destacou ainda que recebeu bastante "amor e apoio": "Os meus sentimentos estão com todos os que conheciam e amavam a Halyna", lamentou.
Juntamente com Hannah Gutierrez-Reed (armeira do filme), Halls era responsável por manusear e conferir as armas no set, e por anunciar quando as mesmas estavam descarregadas. Segundo informações incluídas nos mandados de busca que as autoridades usaram para entrar em Bonanza Creek, onde decorriam as filmagens, o assistente de realização disse aos detetives que deveria ter confirmado que todas as balas do revólver eram falsas, “mas não o fez”.
Além disso, de acordo com informações da televisão NBC, um membro da equipa de filmagem de Rust pediu demissão na véspera do incidente, citando “preocupações significativas com a segurança em torno das armas de fogo e dos explosivos no set”.
O assistente de câmara em questão, Lane Luper, escreveu aos produtores no seu e-mail de demissão que os procedimentos de segurança para filmar tiroteios eram "rápidos e fracos". "Até agora, houve dois disparos acidentais de armas e uma explosão acidental de efeitos especiais perto da equipa entre as cenas", alertou Luper, que também foi crítico sobre a inexistência de reuniões de segurança, escreveu a NBC.