Os Estados Unidos, que não reconheceram a legitimidade das eleições deste domingo na Nicarágua, vão lançar novas sanções contra o regime de Daniel Ortega, um antigo guerrilheiro marxista que obteve um quarto mandato como Presidente, com a sua mulher, Rosario Murillo, como vice-presidente, no rescaldo da detenção de vários dos seus adversários políticos, avançou a Reuters, esta terça-feira.
“Vamos continuar a usar a diplomacia, ações coordenadas com aliados e parceiros regionais, sanções e restrições de vistos”, declarara já o secretário de Estado americano, Antony Blinken, num comunicado citado pela AFP. Por aliados regionais, certamente se referia a boa parte dos países da Organização dos Estados Americanos, (OAS), que também condenou a repressão na Nicarágua, apesar deste país fazer parte da organização.
“Enquanto Ortega e Murillo possam permanecer entrincheirados no poder, as eleições não-democráticas da Nicarágua não providenciam, nem podem providenciar um mandato democrático para governar”, continuou Blinken.