O rendimento familiar real per capita caiu 3,8% na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) no segundo trimestre de 2021 após um crescimento superior a 5% nos três meses anteriores, com a organização a atribuir a quebra à “queda acentuada” no rendimento nos EUA.
“A grande dimensão dos estímulos fiscais tornou os Estados Unidos num contribuinte fundamental para o aumento do rendimento familiar na OCDE”, refere o documento. Ainda assim, mesmo com a exclusão dos EUA, “o rendimento familiar real per capita continuou a crescer desde o início da pandemia, mas o crescimento tem sido simultaneamente mais suave e mais contido, mantendo a sua tendência a longo prazo”, apesar desta redução.
A nota refere que “o declínio real do rendimento per capita dos rendimentos familiares ocorreu apesar do aumento de 1,6% do PIB [produto interno bruto] per capita na área da OCDE no segundo trimestre de 2021”.
Com exceção de três países, todos os Estados-membros da OCDE registaram um aumento do PIB per capita durante o segundo trimestre deste ano.
A partir do 4.º trimestre de 2019, o rendimento familiar real per capita aumentou 3,6% na OCDE como um todo, enquanto o PIB real per capita diminuiu 0,9%.
A OCDE afirma que o Canadá foi o país com maior crescimento do rendimento familiar real per capita face ao último trimestre de 2019, com 9,4%, seguindo-se os EUA (6,2%), que entre as principais economias foi a única a ter um aumento do PIB real per capita (0,2%).
Feitas as contas, foram registados aumentos do rendimento real das famílias no Canadá (1,4%), França (0,6%), Alemanha (0,2%) e Itália (0,1%).
O Canadá (-0,5%) foi o único país das sete maiores economias da OCDE a registar uma redução trimestral do PIB per capita, havendo crescimento no Reino Unido (5,3), Itália (2,8%), Alemanha (1,9%), EUA (1,6%), França (1,2%) e Japão (0,5%). Em contrapartida, registaram-se quedas maiores na Grécia (-4%), Hungria (-2,7%), Países Baixos (-2,1%) e Espanha (-2,1%).