Segundo o comunicado dos organizadores do festival internacional, este ano, o prémio vai para o cineasta português Miguel Gomes, que consideram ser “um criador difícil de classificar, um verso livre na cena internacional que se move naturalmente entre a ficção e a realidade com uma perspetiva lúdica muito particular”.
O Festival de Cinema Independente de Madrid considera que o realizador português, desde a sua estreia em 2004 com "A cara que mereces", passando por "Aquele querido mês de agosto" (2008), "Tabu" (2012) e a trilogia de "As Mil e Uma Noites" (2015), ganhou um “merecido prestígio internacional”, o de “um criador em que a tradição mais clássica do seu país coexiste com as tendências de um cinema contemporâneo mutante e esquivo”.
"Diário de Otsoga", o seu último filme, codirigido com Maureen Fazendeiro e apresentado este ano no Festival de Cannes, será exibido fora da competição, na secção oficial do evento.
Atribuído desde 2015, o Prémio Especial Márgenes, Margens em português, tem como objetivo o “reconhecer o espírito inovador” dos vencedores e a sua “contribuição para o cinema independente”.
O Festival pretende ainda apresentar “novas narrativas audiovisuais e produção independente onde as novas gerações coexistem com cineastas estabelecidos com um olhar único”.
Os organizadores atribuem a si mesmos “a missão de destacar filmes feitos com convicção artística e liberdade criativa, com um enfoque especial nas novas tendências do cinema contemporâneo”.
Em edições anteriores do evento, o Prémio Márgenes foi recebido por nomes como Basílio Martín Patino, Gonzalo Suárez, Emma Suárez, Lluís Escartín, Luís Ospina, Isa Campo, Isaki Lacuesta, Lisandro Alonso, o festival mexicano "Ambulante" e Oliver Laxe.
Todos os anos apresentam no festival “uma vasta gama de filmes”, destacando “as práticas mais singulares” do cinema contemporâneo.